Capítulo XIII
Desde 2002 eu acompanhava as mesmas turmas, da 5a à 8a série. Estava estabelecido um vínculo importante entre nós.
Mas, dessa vez, eu teria de optar, na atribuição das aulas, por apenas uma das “minhas” 8as séries, em prol da ideia que se materializava, pouco a pouco.
Se eu escolhesse todas as 8as séries, atendendo à minha vontade de acompanhar os “petelecos” até o final do curso, como havia planejado desde o início, eu teria menos oportunidade de cativar os alunos mais jovens para a futura Academia Estudantil de Letras Padre Antônio Vieira.Evidentemente, nessa perspectiva, os alunos das 5as séries assumiam um papel importantíssimo para a implantação do novo Projeto.
Além disso, eu tinha sérias razões para acreditar que aqueles “doze” não me deixariam mais, fossem ou não fossem meus alunos de Português naquele ano.
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As crianças pareciam passarinhos alvoroçados quando eu lhes falava da Academia.
Certa vez, eu estava empolgada demais e disse a eles, sem avaliar a necessidade de explicitar melhor a afirmativa, que “ser acadêmico era ser ïmortal”. Surgiram, então, candidatos a acadêmicos porque lhes agradava a ideia de não morrer… Outros associavam a academia a práticas esportivas…
Dirimidas todas as dúvidas, apresentaram-se, finalmente, 25 acadêmicos conscientes e convictos, treze dos quais para representar novos autores e doze para substituir os precursores, ou seja, assumir suas cadeiras ao final do ano.
Tudo planejado! Faltava somente marcarmos o grande dia!
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