Tomei a decisão de contar a vocês, com todos os detalhes, a história da ACADEMIA ESTUDANTIL DE LETRAS – AEL.
A ideia é contá-la de uma maneira especial, envolvente, poética, com a maior fidelidade possível, deixando falar, sem escrúpulos e sem censuras, esse meu inquieto coração.
Porém, antes, é necessário recorrer a um recurso prático, didático, com a finalidade de explicar, em linhas gerais, o que é esse Projeto, num breve histórico, para situá-los melhor.
ACADEMIA ESTUDANTIL DE LETRAS – AEL
Perguntas e Respostas
1 - O que é?
• Trata-se de um Projeto que trabalha com todos os gêneros literários; teve início em 2005, na EMEF Padre Antônio Vieira, onde foi fundada a 1ª Academia Estudantil de Letras – AEL Padre Antônio Vieira.
Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO – 31/05/2005
• A partir de 2006 iniciou-se a expansão para outras escolas da Diretoria Regional de Educação Penha.
• Em 2008 passou a integrar o Programa São Paulo é Uma Escola, de SME.
• Hoje o Projeto AEL é desenvolvido em 15 EMEFs da DRE Penha, e em 1 EMEF da DRE Santo Amaro, atuando no contraturno, portanto, ampliando a carga horária dos alunos.
2 – Quais são os principais objetivos do Projeto AEL?
· desenvolver o gosto pela leitura e aprimorar a escrita;
· contribuir para a inclusão social na aquisição da linguagem;
· favorecer a elevação da autoestima e da motivação dos estudantes e dos professores;
· incentivar o hábito da disciplina do estudo;
· desenvolver a capacidade comunicativa dos alunos; oralidade;
· ampliar as condições de interação e as possibilidades de informação e conhecimento;
· promover e difundir o protagonismo infantojuvenil;
· promover a convivência solidária e pacífica;
· investir na apropriação de uma postura “acadêmica” com reflexos na sala de aula;
· estimular a participação dos pais e da comunidade escolar nos eventos promovidos;
· favorecer a utilização dos recursos midiáticos disponíveis;
· implementar ações expressivas, de apreciação e de pesquisa, para ampliar o contato com as artes visuais, dança, teatro, música e literatura.
· ampliar o tempo de permanência dos estudantes na escola.
• 3 – Quem pode participar?
• Sendo um projeto de inclusão, a princípio, todos os alunos da escola têm a oportunidade de participar da AEL, bastando para isso inscrever-se e frequentar as aulas semanais de literatura, com professores da própria escola, que coordenam os estudos fora do seu horário de trabalho e fora do horário das aulas regulares dos alunos. Não há necessidade de ser professor de Português ou de Literatura. Além das aulas de Literatura, os alunos recebem aulas semanais de teatro , com profissionais habilitados, contratados por Programas Especiais.
• Cabe aos professores que trabalham diretamente com o Projeto nas diversas escolas participar, quizenalmente, do curso denominado GAEL – gestão da AEL , promovido pela DRE Penha/DOT P, fora do horário de trabalho do professor, conforme publicação no Diário Oficial da Cidade, para elaboração e avaliação das atividades planejadas.
• Os encontros literomusicais (semanais e mensais), coordenados pelos professores da própria escola, do ciclo I ou do ciclo II (todas as áreas do conhecimento) e os encontros GAEL (mensais) têm início após aprovação da Supervisão, nos mesmos moldes do PEA, e homologação da Diretora Regional de Educação da DRE Penha.
4 - Como funciona?
• Os alunos do ciclo II escolhem um autor para representar na AEL, recebem uma pequena biografia sobre esse autor e têm a incumbência de ampliar e compartilhar sua pesquisa literária, ao longo do tempo em que permanecerem no projeto, ou do tempo em que permanecerem na escola. A partir da posse, são promovidos a membros titulares. Concomitantemente, os alunos dos 3ºs e dos 4ºs anos do Ciclo I representam os mesmos autores escolhidos pelos titulares e passam a compor os membros suplentes. Enquanto isso, os alunos dos 1ºs e 2ºs anos do Ciclo I, chamados de membros principiantes, não escolhem um autor específico, mas já vivenciam as experiências da AEL, em pequenos grupos.
5 – Qual é a dinâmica do processo?
Quando um aluno da AEL conclui o Ensino Fundamental e sai da escola, é substituído nas funções acadêmicas pelo respectivo suplente, que, por sua vez, passando a titular, já contará também com um suplente para substituí-lo quando sair da escola, e assim sucessivamente...
6 – Como é escolhido o patrono da AEL?
Todo o corpo docente participa da escolha do nome da AEL. Escolhido o patrono, há duas possibilidades:
- a oficineira - compositora Mirian Warttusch cria um hino para homenageá-lo e realiza oficinas de música para os ensaios com os alunos, à época da fundação de uma nova academia ou à época das comemorações de aniversário. As festas acontecem no CEU Quinta do Sol ou do CEU Tiquatira, com a presença de todas as academias.
- a própria escola cria um hino e realiza encontros musicais para os ensaios.
7– Qual é a função do teatro na AEL?
• O teatro está vinculado ao trabalho com os professores de literatura em cada escola. São eles que, garantindo o protagonismo do aluno, sugerem temas, opinam sobre as atividades que desejam ver encenadas nos seminários, reuniões mensais, eventos internos e externos, festas de fundação e de comemoração de aniversários das academias etc.
8_ Em que consistem as reuniões mensais?
• Nessas reuniões, realizadas no espaço da própria escola, os alunos acadêmicos realizam seminários sobre os seus autores e também assistem à palestra de um escritor, poeta, artista, pessoa relacionada com o meio artístico-literário e com os objetivos do projeto, especialmente convidado para esse momento.
Homenagem do músico e amigo Marcio Belussi à AEL
PARTICIPAÇÃO DA AEL NA UMAPAZ NO DIA DA TERRA
9 – Que outras atividades são realizadas dentro do Projeto AEL?
Realizamos passeios culturais periodicamente: em alguns momentos, os alunos participam como expectadores; em outros, eles mesmos é que se apresentam, como protagonistas.
10 – Quantos alunos já participam do Projeto?
• Considerando as 11 academias estudantis já fundadas, mais de 500 alunos compõem o grupo; em se acrescentando as que se encontram em processo de implantação, esse número supera 600 alunos.
11 - Quais são as escolas participantes?
• EMEF Padre Antônio Vieira; EMEF Pref José Carlos de Figueiredo Ferraz; EMEF Cecília Meireles; EMEF Octávio Mangabeira; EMEF Mj. Silvio Fleming; EMEF CEU Prof Rosângela Rodrigues Vieira; EMEF Gen Othelo Franco; EMEF Prof João Franzolin Neto; EMEF Assad Abdala; EMEF José Bonifácio e EMEF Arthur Alvim.
12 - De que maneira é realizado o trabalho de expansão do Projeto AEL para as escolas da DRE Penha?
- Assessoria de DOT P – DRE Penha - por meio de cursos semanais de literatura para professores que já desenvolvem o projeto em suas escolas ou
- que desejem implantá-lo; acompanhamento sistemático das ações desenvolvidas antes, durante e após a fundação de uma academia estudantil de letras; oportunidade de os professores protagonizarem as ações desenvolvidas na AEL, participando da ALP – Academia de Letras dos Professores, em encontros mensais, na formatação de curso, conforme publicação em D.O.C.
- Assessoria de PROGRAMAS ESPECIAIS – DRE Penha – por meio de contratação de oficineiros de teatro e de música para os alunos integrantes do Projeto.
- Curso de formação em literatura brasileira, com a finalidade de subsidiar o trabalho realizado nas AELs nas unidades e de possibilitar uma vivência para o professores, a ALP – Academia de Letras de Professores.
13 – Como devem proceder as escolas que desejarem conhecer mais profundamente o Projeto, para uma possível adesão?
- Entrar em contato com DOT P – DRE Penha - telefones: 3397-9151;3397-9152; 3397-9153; 3397-9154
Para saber mais:
http://www.ael.zip.net/ / http://www.alpcoracoralina.zip.net/